25 de dezembro de 2007

.. Ser "aspie" no mundo dos outros

.. Ser "aspie" no mundo dos outros: "Lúcia, nome fictício, ainda mal se refez do espanto que sentiu ao conhecer o diagnóstico. Tem dois filhos, gémeos, com 36 anos, que sempre tiveram um percurso - aparentemente - normal. Na sua visão de mãe, «eram perfeitos» e tinham uma desenvoltura muito grande: aos 9 meses já caminhavam, com um ano e meio falavam e aos 3 anos de idade andavam de bicicleta, sem rodas de apoio. Entraram na escola primária antes dos 6 anos e tiveram um bom aproveitamento. Foram sempre bons alunos e até fizeram um curso superior. No entanto, Lúcia, ao olhar para trás, identifica a síndrome de Asperger (SA) em muitas das atitudes dos filhos: «Um deles, quando começou a ler, lia os anúncios na rua, juntava as palavras e dizia 33 letras. Quando chegava ao fim de uma página dizia 150, 160, ‘x' letras. E as pessoas começaram a fazer o teste: nesta frase, quantas letras há? E ele respondia. Mas eu não percebia por que ele fazia aquilo». O outro filho tinha uma forma peculiar de pôr a mesa: calculava o processo como se de um problema matemático se tratasse. «‘X' talheres, mais pratos, mais garrafa, ao dar 36 coisas a mesa está correcta» - explicava ele à mãe. "

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