24 de dezembro de 2007

Aspie é acusado de ser mentor de bot-net


O jornal "New Zealand Herald" noticiou que a polícia da Nova Zelândia, trabalhando em conjunto com o FBI e autoridades holandesas, deteve Owen Walker, conhecido como Akill, sob suspeita de crime cibernético. Depois de ser interrogado por autoridades da Nova Zelândia, o jovem foi liberado e aguarda novas convocações para depor.

Sua mãe, Shell Moxham-Whyte, defendeu o filho em entrevista ao jornal, revelando que o jovem possui Síndrome de Asperger. “Meu filho é um garoto muito inteligente, que adora computadores desde muito novo”, disse também “não fazer idéia” de que seu filho estava envolvido em cibercrimes.

Akill, que possui apenas 18 anos, infectou pelo menos 1,3 milhão de computadores em todo o mundo com um código malicioso criado por ele e que passava despercebido por programas antivírus, causando prejuízos estimados em US$ 20 milhões às suas vítimas. “Esse programa foi considerado muito sofisticado pelo FBI”, diz o detetive Peter Devoy. Através de seu programa, Akill e outros criminosos acessavam informações pessoais das vítimas. “Ele é muito, muito inteligente considerando suas habilidades para desenvolver esse tipo de código”, disse Maarten Kleinjtes, gerente do laboratório de crimes eletrônicos da polícia da Nova Zelândia.

Owen começou a praticar crimes cibernéticos quando ainda estava na escola. Pessoas de sua antiga escola disseram que ele estava sempre sozinho e que era vítima de bullyng. Por isso, ele deixou a escola e completou seu curso por correspondência.

De acordo com a mãe de Owen as autoridades que investigam as ações de seu filho no universo virtual estão cientes de que o filho é Aspie. Se for julgado culpado por todos os crimes dos quais é acusado seu filho pode pegar até 10 anos de prisão.

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