22 de fevereiro de 2008

Stephen Wiltshire é personalidade da semana na rede ABC


Stephen Wiltshire é um desenhista inglês escolhido como personalidade da semana pela ABC. A rede de televisão publicou uma breve reportagem neste link, onde atribuem a Stephen o titulo de "The Human Camera" (literalmente, a câmera humana).

Ele não falou durante a maior parte da infância e vivia completamente isolado em seu próprio mundo. Aos três anos de idade recebeu o diagnóstico de autismo. Aos cinco anos foi enviado para Queensmill School, em Londres, uma escola para crianças com necessidades especiais, onde notaram que a única atividade que lhe interessava era desenhar, esta era sua forma de se comunicar com o mundo. Primeiramente ele desenhava animais, e em seguida os ônibus de Londres, e então edifícios. Aos oito anos passou a desenhar vistas panorâmicas de cidades após serem atingidas por terremotos (imaginários).

O professores da sua escola o incentivaram a falar retirando-lhe temporariamente do contato com os seus materiais artísticos, de forma que ele teve que aprender a pedir, assim ele pronunciou a sua primeira palavra: papel.

Stephen desde a infância exibiu seu talento na televisão e outras mídias e Oliver Sacks publicou uma resenha sobre ele em seu livro Um Antropólogo em Marte.

Após uma viagem curta de helicóptero pelo céu de Tókio, Stephen foi capaz de desenhar detalhadamente o que viu, e esta vem sendo a sua forma de arte que mais chama a atenção.

Em 2006 foi nomeado pela Rainha Elizabeth II como um membro da Ordem do Império Britânico, em reconhecimento à sua colaboração para as artes.

Já publicou 3 livros, sendo que um deles, Floating Cities, alcançou o número 1 na lista de best-sellers do jornal Sunday Times.

Para saber mais da sua história ou conhecer o seu trabalho como desenhista, visite o site oficial.

Veja também: Nascido num dia azul

2 comentários:

Anônimo disse...

legal! Viver em um país onde as diferenças sao respeitadas e valorizada é uma coisa, agora viver no Brasil que nem sequer as condições básicas de sobrevivência sao privilegiadas é um tormento para muitos.

Anônimo disse...

Anônimo, obrigado pela sua visita.

Quanto a sua visão da realidade brasileira, ela é a mesma minha. Uso essa percepção como um estímulo para tentar alterar essa realidade.

Na verdade não sei te dizer se ela vai mudar algum dia, mas o que posso te dizer com quase certeza absoluta é que, se ela mudar algum dia, será por conta da voz dos próprios aspies.

As pessoas não estão interessadas em buscar conhecimento sobre o outro, elas só nos verão a medida em que nós nos mostrarmos para elas por iniciativa própria.