31 de janeiro de 2007

Guia de Sobrevivência para Pessoas com Síndrome de Asperger - Preocupações

4. Preocupações
  • Uma característica das pessoas autistas é serem especialmente boas em se preocupar.
  • Você pode estar recebendo um péssimo retorno pela maioria dos seus esforços na vida e achar que a maioria das pessoas falam livremente entre si de uma forma que parece tola para você.
  • Se você tentar se integrar com eles falando das mesmas tolices provavelmente elas irão se aborrecer.
  • Ora, se as outras pessoas podem reclamar de você por causa das tolices que fala, porque você não pode reclamar delas por causa de suas tolices? Isto não é justo. Você está aborrecido? Se você está, então tem todo o direito do mundo de estar. Mas você não pode mudar a forma com estas coisas funcionam. Este livro pode, todavia, ajudar-lhe a compreender melhor estas tolices dos outros.
  • O problema da preocupação, é que ela pode fazer com que você deixe de dar atenção às coisas em que realmente deveria se concentrar para resolver um problema.
  • Em alguns problemas, ver o seu lado mais engraçado pode tornar as coisas muito mais fáceis. Se você aprender a rir deles muitas das suas preocupações podem desaparecer.
  • Muitas pessoas mantém os seus problemas para si e olham para si mesmas como se estivessem no topo do mundo, mas a maioria das pessoas precisam falar sobre seus problemas com outras. O truque está em saber escolher as pessoas certas para falar.
  • Não fale sobre seus problemas em público ou para pessoas que você não conhece (exceto os conselheiros). Fazendo isto você apenas demonstrará fraqueza para as pessoas em sua volta. Não pense que elas irão escutá-lo.
  • Falar de seus problemas em público talvez o leve a ganhar simpatia em um curto prazo, mas provavelmente irá isolá-lo a longo prazo.
  • Você pode falar de seus problemas com os professores, os pais, os parentes próximos, e às vezes com os amigos, mas sempre em privado.
  • Ás vezes, mas nem sempre, é bom falar de seus problemas com os amigos em um pequeno grupo, desde que isso seja relevante para a conversa.
  • Quando você falar de seus problemas, tente fazê-lo sem se rebaixar muito. Falar de forma muito negativa de si próprio trará para você sentimentos negativos, e estes sentimentos negativos impedirão você de cuidar de si próprio, então você ficará para baixo, entrando em um círculo vicioso.
  • Em relação a esta última afirmação, tente entrar em um ciclo positivo, se puder. Isto se chama atitude mental positiva (AMP), onde pensar sobre seu lado mais positivo faz com que se sinta mais positivo quanto a si mesmo e mais capaz de defender-se das humilhações.
  • Algumas vezes as pessoas podem rotular você como incapaz ou ignorante. Isto pode estar acontecendo porque você não teve nenhuma oportunidade para mostrar a sua inteligência, não porque é verdade.
  • Um sentimento horrível de ser enfrentado é a culpa. Se você acha que tem culpa por alguma coisa, deve perguntar a si mesmo se sabia que estava fazendo algo errado. Se você não sabe, ou só tem um vago sentimento sobre isso, então você não pode se culpar, mesmo que as outras pessoas façam isso. Tudo o que podemos fazer a pedir desculpas e dizer que não faremos isto novamente.
  • Freqüentemente pedir desculpas a alguém pode ajudar a aliviar a culpa, mas é suficiente pedir apenas uma vez. Se você pedir desculpas várias vezes as pessoas podem interpretar que você é tímido ou vulnerável.
  • Se você acredita que o mundo está todo contra você, isto é uma ilusão. Além disso, todo mundo se sente assim de vez em quando.
  • Lembre-se de ser paciente ao colocar em prática o conteúdo deste livro. Desenvolvimento pessoal pode ser um processo lento e difícil.
  • Outro problema que você pode enfrentar é conseguir as coisas apenas pela metade, e entender que isto não é suficiente. Você pode ser uma pessoa do tipo “tudo ou nada”, mas lembre-se, esta pessoa pode ser o autismo falando.
  • Lembre-se de que a palavra-chave é determinação, e se sente em seu coração que é capaz de fazer algo, então deve tratar de conseguí-lo.
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Texto original aqui

Traduzido pelo Blog Olhar Aspie

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